Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A vida de Mala Aviada

A vida de Mala Aviada

Dull Life #3

 

 E chumbaram-nos outra vez Tribunal Constitucional U can kiss my but.

Por este andar, em breve nao me caso com ella e isso nao me agrada. Deixa-me furiosa. And I realy want to have a beautiful white wavy dress! Suckers. E imoral pensar que neste Portugal dos pequeninos (muito pequenino), nos, povo homossexual (e nao somos poucos! Ah!) ainda nao podemos ter um lugarzinho que nos faca equivaler aos outros que tem regalias por supostamente nao serem anormais. Mas qual sera a diferenca? Eu faco tanto barulho a discutir com ella como qualquer casal hetero. Tambem vou as compras, tenho pms, gosto de me vestir bem (e nao a camionista) e gosto de gelado de morango. Hm... Continuo sem perceber onde reside o problema. Ah, esperem... Portugal dos pequeninos e nao dos homossexuaizinhos! Depois ainda me perguntam porque mantenho a minha dupla nacionalidade e porque quero por-me fora daqui o mais cedo possivel. Pff: easy. Dull Life!


Por nao ser normal, nao e anormal. E simplesmente desviante!

 Image and video hosting by TinyPic        Image and video hosting by TinyPic


 

How to mend a broken heart

Image and video hosting by TinyPic

 

Durante anos tive um alguem. Um alguem que era everything and more. Descobri que esse alguem durante esses anos todos esteve - indubitavelmente - a rodopiar com a minha boa vontade e amor de teenager. Andou as voltas e voltas. Fez-me pendurar fantasmas no guarda-fatos e atras da porta onde nunca deixei entrar ninguem. 

 

Mas depois, veio a minha pessoa - referencia obvia a Anatomia de Grey  - e o armario esvaziou-se;  houve noites desafoguadas em lagrimas, um chorar tao profundo e triste que alarmou a minha pessoa e a mim mesma. O que eu estava a fazer a mim mesma era quase crime, era uma indulgencia, era falta de consideracao para com a minha sanidade mental. Choeri por saber que estava correcto, que tinha de deixar ir, desistir por muito passado que se tenha acomulado - e quando digo muito, falo de duas pessoas que passaram por mim interrompidas por alguem. Inocentemente, mantive-me sempre perto porque achei que alguem nao conseguira lidar com a vida,que eu nao conseguiria lidar com a vida, que alguem podia destruir-se, que eu podia correr riscos que jamais pensaria. Percebi que fui sempre apoio. Bengala de apoio. Conotacao. Fui mais que bengala de apoio por vezes, fui a gaja que alguem comeu, fui a gaja a que alguem recorreu. 

 

Tenho a sorte de que a minha pessoa me abracou e deixou-me nao olhar nos seus olhos e simplesmente falar e calar e chorar e gritar e gemer e sufocar e e e e...  

Percebi que tudo o que alguem me fez me tornou vulneravel e forte em concordancia de genero.

 

Ando a moer o juizo, ando a remoer por dentro. Alguem vem, alguem esta a chegar e eu nao sei o que fazer. Apetece-me correr para longe, apetece-me afoguentar qualquer mal que possa acontecer se me voltar a dirigir a alguem. Nao sei se devo, parte de mim precisa de saber se esta bem, se fica tudo ok. Vou escrever uma carta. Acho que sera assim. Nao sei como fechar o circulo do coracao partido mais de dezenas de vezes. Agora esta saudavel, nao quero arriscar a perder essa saude por alguem.

 

Mas mesmo assim, tenho pena. E e isso que me faz remoer. Porque alem de alguem de alguem, eramos quem se encontrava e falava de um punhado de coisas que mais ninguem se lembraria, uma daquelas amizades de serie, de Tv, uma daquelas que toda a gente devia ter porque ensina muito. Adoraria salvaguardar isso, mas o passado e denso. Denso. Tenebroso. Nao consigo. Cant. Period. Mas perdoei

Ha dias em que a minha vida para. Hoje.


Soft Shock - Yeah Yeah Yeahs

 

Unknown, talk to unknown
Ever, lasts forever
Well, it's a shock, shock
to your soft side
Summer moon
Catch your shut eye
In your room, in my room
In your room, in my room

Louder, lips speak louder
Better back together
Still it's a shock, shock
to your soft side
Summer moon
Catch your shut eye
In your room, in my room
In your room, in my room

It's the time, it's the place, don't leave me
It's the time, it's the place, don't leave me
It's the time, it's the place,
Don't leave me out
Leave me out, leave me out, leave me out

The Thing.

Ninguem faz a minima ideia do quanto quero ser feliz contigo Rita. Nao que o nao seja ja, claro que sim, mas falta nos o toque da campainha. Rita, isto so significa que quero muito ir viver contigo, move in with you (like folks say), Rita. Parece um balao vermelho que comeca a encher, a querer tomar uma forma genial e se prende a minha mao com uma forca tremenda. Sensacoes que nao sei explicar convenientemente. 

A minha mente anda aos pulinhos so de pensar que posso cozinhar todos os dias para ti e quando nao quiser, bem, existes tu para cozer esparguete e juntar atum, Rita. Vamos sair da faculdade - talvez nao de maos dadas porque sei que tu nao ... aprecias como eu - mas com o sorriso na cara daquele tipo de pessoas que tem tudo na vida em sintonia. Depois, consigo imaginar , Rita, os nossos casacos espessos e bonitos de Inverno, as nossas botas com restos da cidade na sola que fica a porta da casa: aquela casa que no quarto tem duas portas e deixa ver a cidade a querer adormecer sob espessas nuvens de algodao amarfalhado. Depois vamos sentar no sofa que tera uma manta simples, macia e branca a tapa-lo, encostamo nos uma a outra tirando o resto do jornal nao lido e os termos do Starbucks das malas ou mochilas. Consigo imaginar-nos a ficar fins-de-semana preguicosamente na cama com cafe e pao de sementes e vontade de simplesmente nos encostarmos uma a outra. Vamos contar estrelas na nossa varanda, aprender - de novo, mas desta vez bem - a fazer pasta com a maquina. Vamos deixar de dizer * onde esta o teu guarda chuva * ou * as minhas chaves*. Vai deixar de existir isso em nossa casa, porque o que sera meu, sera teu e vice-versa. Vamos dar cabo dos determinantes possessivos - nunca lhe achei muita piada porque sou das pessoas que tem uma opiniao muita clara acerca dos objectos: eles possuem vida. Ponto.

Vamos andar com as nossas mochilas de backpacker sempre semi cheias e sempre prontas para viajar - gostava de ir a Dublin este Outono. E em Outubro, levas me a jantar para a relva de um jardim e vamos ver o fabuloso concerto da Diana Krall. Dessa nao te escapas. 

 

Sei que havera momentos em que vou querer enfiar me no armario e nao falar contigo mas tenho a certeza que sabemos que os relacionamentos so resultam se estivermos prontas to take the crap from each other. That is the thing. 

 

E para quem ainda nao percebeu, a minha falta de acentuacao deve-se ao facto do teclado do pc fixo estar coo-coo. 

Dull Life

 Houve um dia na minha vida que se resume a dezanove invernos de existencia onde me amaram quatro pessoas e desisti de todas elas; houve um dia em que fotografei centenas de objectos que me incomdavam e depois, bum, deixaram de o fazer ja que tinha captado a sua essencia na maquina. Houve um dia que fui americana em Lisboa sem saber se-lo, parisiense em Vila Real e todos me olhavam estupidamente e tragicamente e naturalmente Suica sem que as pessoas me compreendessem.


Dull Life full of American cookies from Starbucks.

 

Image and video hosting by TinyPic

Pág. 1/3