Sobre a dor #2
A dor que sinto não é fictícia; tenho um aperto no peito, o meu estômago dói-me, não consigo comer. Uma palavra, um gesto e um olhar. Não sei como te pedir desculpa, mais do que o já o fiz. Com mais sinceridade. Não vás... Fica por favor, fica. Não me digas adeus - fica e olha-me nos olhos, deixa-me fazer-te entender o que é nada. Deixa-me explicar-te o que és para mim, deixa-te ficar e dá-me a mão. Deixa tudo para trás, até esse aperto no peito. Até esse abalo na confiança, esse rasgo de tristeza. Deixa-me dizer-te que não há palavras, mas que as minhas lágrimas ainda agora estão a rolar pela encosta que é a minha face. Perdoa-me.