when I look up #24
Sentemo-nos e abracemo-nos, sinto falta do conforto de não te perder de vista.
1.Olga Onischenko
2.Mario Ardovino
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Sentemo-nos e abracemo-nos, sinto falta do conforto de não te perder de vista.
1.Olga Onischenko
2.Mario Ardovino
E eu que ate gostava de ser uma pessoa que tem sempre inspiracao. Com o Muleskine ou caderno laranja sempre na carteira (sim, na nova ou na de couro vintage) e com um lapis fazer desenhos simples: uma flor, uma bolacha, um cafe. Manhattan ao amanhecer ou ao entardecer. A Torre Eiffel a aguarela como que a desvanecer.
E eu, sim, talvez por coincidencias cinematograficas, ate que gostava de ter uns oculos como os da July D. em "Dois dias em Paris" - nao precisava de parecer neurotica nem nada, mas acho que os oculos dizem muito sobre mim. Talvez tambem nao fosse mau ter a desejada camara Pentax analogica. Talvez ate pudesse fazer a tal exposicao no Green Tea, na Fnac e no Teatro. Hm, porventura nao seria mal pensado?
Ah! E eu que ate queria mesmo fazer a tal viagem com ella ate ao sitio mais fantastico do mundo (aos sitios?) e ficar a sonhar acordada durante a madrugada, folheando livros gigantes que me podem ensinar como fazer uma almofada ou como fazer com que os meus caracois continuem a ser caracois. Ah! E o meu Cooker Spaniel? Ate que me podia fazer companhia enquanto ella vai embora e eu fico sozinha - no meu colo enquanto continuo a ler sobre arte: escultura, arquitectura, vidas entrelacadas... Um cappuccino na berma do sofa vermelho, livro e manta e a Gilmore (se fosse menino chamava-lhe Willy Wonka...). Depois tocavas a campainha porque ainda nao teriamos chaves para as duas e eu abria-te a porta com um ensonado Bom dia.
Quero tanto que certas coisas acontecam que fico especada no presente a tentar abrir uma frecha da janela do futuro. Queria muito tudo isto, mas para ja, tudo o que quero e' que este delicioso fim-de-semana continue com a lareira acesa, a chuva a cair, as folhas a ficarem vermelhas, o cheiro a verniz fresco de madeira e a felicidade a crescer exponencialmente. <3
Continuo a amar-te, mesmo assim, tanto quanto no dia em que
dissemos que era tempo. Sempre de sorriso guardado na boca,
sempre de mão a tremelicar e de estômago frágil. Continuo a
amar-te mesmo quando me dizes para parar de comer amendoins e
quando vais para a aula e me deixas em casa sozinha. Continuo a
amar-te tanto quanto as estrelas nos perguntaram se queríamos
namorar, tanto quanto encontrar filmes dos bons, tanto quanto ver-
te adormecer a meu lado.
Continuo encantada por te ver abrir os olhos no lado de lá da cama,
ou, quando ainda é muito escuro, ouvir a tua voz a chamar por mim.
Sim, sou eu. Sou sempre eu e sempre quis ser eu. Já pintas as unhas
dos pés com o meu verniz coral, claro que sou eu. Bebes café no
mínimo três vezes ao dia? Claro que sou eu! Apaixonas-te facilmente
por monstruosos minutos a ver fotografias? Sou eu, claramente.
Continuo a amar-te só porque te tornas delirantemente entusiástica
com coisas diversas que não cabem no mundo dos outros, porque és
a pessoa mais razoável e mais detestável que conheço. Porque és
aquilo que outros conhecem por algo e eu conheço por tudo. És e sou
um nós apaixonante. Quero-o por longos minutos de anos.
saímos de casa cedinho e sem nos apercebermos fomos dar com o mercado do Bolhão! Foi especial - esta semana passo la para comprar uma orquídea para casa.
Três cappuccinos para tardes repletas de sol quente: gin, rita e eu.
Melhor CD do ano já à venda: para o ano, lá estaremos de novo.
A melhor aquisição de sempre: caixa exclusiva Audrey Hepburn - edição limitada. Linda de morrer! (a caixa e a Audrey!)
Amen!
Se alguém te perguntar onde vais com tanta pressa diz-lhe apenas, de sorriso esboçado, para os braços de quem me quer bem.
Todas as manhãs vou passar à frente do painel da loja, vou sentir me alta e inspirada, vou cair nos braços dos desejos e deixar o corpo nu à liberdade. Vou cheirar a café continuamente e os caracóis levianos levantar-se-me-ão ao atravessar a passadeira.
Tenho saudades de me perder nela, sentir cada fio de linho em comunicação continua com o pincel. E depois...? Tenho medo.
Photo de neon.tambourine
Suspirei lentamente; um suspiro imenso que se juntou ao passar dos segundos do meu relogio, o ponteiro dourado. Pensei em muitas linguas e falei muitas muitas muitas palavras. Nao falei gestos nem pensamentos. Apenas nomes.
Sentada na cadeira de couro do -5, pensava com quem gostarias tu de estar casada, se te poderias sentir de algum modo perto de mim se me chamassem por outro nome. Claro que sim e claro, determinado, que nao.
O suspiro, lentamente, foi desaparecendo e eu, rapidamente, escrevi o texto e assinei. De agora em diante, mais que um estado poetico teras um pseudonimo. Sim, sou eu.
Ana M. Bardot.