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A vida de Mala Aviada

A vida de Mala Aviada

Desalojar de ideias #38

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Enquanto me sinto frágil por dentro, o calor dos pensamentos reconfortam-me; há chuva e sol lá fora, há montanhas para escalar, papéis nos quais escrever e fotografias a tirar. A luz bate nos meus pés dentro de meias de lã. Não sei se não preferia viver eternamente na ideia de estar ou permanecer quieta. 

WHAT'S THE STORY?

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Último fim-de-semana de Janeiro. Já tenho vinte, já me senti pior e nunca comi crêpes tão boas como estas: com puro chocolate suíço derretido. Toda a gente devia conhecer alguém com uma receita especial, é reconfortante. E toda a gente devia ter alguém para quem cozinhar, à noite, quando chegasse a casa. 

Nine

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 Lily La Fleur: Directing a movie is a very overrated job, we all know it. You just have to say yes or no. What else do you do? Nothing. "Maestro, should this be red?" Yes. "Green?" No. "More extras?" Yes. "More lipstick?" No. Yes. No. Yes. No. That's directing. 

 

No que toca às interpretações, surprrenderam-me Stacie Ferguson e Kate Hudson; Nicole Kidman apareceu pouco, mas quando aparece, fá-lo com uma elegância estrondosa. Judi Dench já nos habitou a vê-la perfeita, tal como Sophia Loren. Quem me tirou o folgo durante o filme foram a brilhante Penélope Cruz - simplesmente divinal! - e a Marion Cotillard - num papel de esposa extremosa e desfeita - perfeita - dançarina. Daniel Day-Lewis é em tudo bom menos quando canta: só valeu a sua última interpretação musical. Fotografia do género cliché - aquilo que eu gosto de ver num filme de época. Banda sonora merece especial atenção, com umas harmonias italianas a roçarem o latino; coreografias engenhosas, bem trabalhadas e sobretudo cativantes: desnecessário será dizer que para um musical funcionar, é preciso bem mais do que um punhado de estrelas. Rob Marshall surpreendeu-me pela positiva. 

 

Um se não: o filme precisava de mais meia hora para ter um final digno e faustoso. Como o foi o filme inteiro.

 


when I look up #29

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Café com canela, pão de cereais com gruyére  e yogurte com cereais: fizemos há dois dias.

A hamster já tem nome e está na porta do frigorífico: Caroline Kaffa, The Hiperactive Hamster. Hoje tomou o pequeno almoço comigo, comeu pão e tudo. 

 

 

*20 - le 23 janvier 2010

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jantar cá em casa: carbonara de courgete e ervilhas.

 

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Resultado final + pós jantar - mr and mrs smith, pipocas, bolo, café.

 

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Jantar com os papás - a mãe fez o bolo.

 

 

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Prendas: o/a hamster + vestido parisiense

 

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Livros: paixão do café + Susan Sontag Na América + viagem a Vigo

 

 

 

O que nos faz desejar (algo) é o facto de ser temporariamente inacessível #4

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1 - Unknown

2- Sebastian Reiser

 

 Vão bem lá atrás os dias em que pensava que ia ser fácil, adorável e entusiasmante. Só pensamos em dormir no ombro uma da outra, ficar até tarde nas futilidades da caixinha das imagens e beber café. Ao menos ainda há café do Starbucks!

Não é que seja mau, porque não é. Mas deixou de ser entusiasmante: exames e trabalhos, exames e trabalhos, exames, orais e trabalhos. É plausivel que cheguemos ao fim com notas abaixo do recomendável, que nos deixemos ir abaixo por isso e que seja incorrecto não ir a recurso - gosto especialmente das pessoas quando não me chateiam e não me dão conselhos com toda a importância do mundo.Entretanto acabei de estender roupa escura lá fora e penso que vem a chover, os dezanove anos estão a dar as últimas e apetece-me um makeover geral na minha vida.

 

Quero ter mais tempo. Quero dedicar-me mais. Quero amar  e viajar mais. Quero que os exames não me preguem o cão e me façam ir a recurso. Quero que os vinte ainda fiquem distantes - tenho saudades dos dezassete e dezoito. E o vinte e três fica na próxima curva.

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