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A vida de Mala Aviada

A vida de Mala Aviada

The Subways

It's your eyes that make me smile, oh yeah oh yeah
Wasting time, hanging out, oh yeah oh yeah
These teenage years, no they don't last, oh yeah oh yeah
These teenage lips, they speak too fast, oh yeah oh yeah

 

quero tantos fins-de-semana destes: amigos, dança e boas aventuras.

Lipstick Lesbians

Kate Moennig

Portia di Rossi

 

Ontem à noite, em conversa com @s @migos acontece, de novo e só mais uma vez, a questão: tu és? É que não pareces nada; ninguém diria. Hey! Eu estava de cavada branca, camisa azul aos quadrados, skinny jeans e cinto de cabedal negro e estava a jogar bilhar... Ok, ou as pessoas já não sabem distinguir ou eu tenho uma cara demasiado ... femme para me assumirem, à partida, como lésbica. Mas o pior de tudo é que isto afecta a minha auto-estima lésbica: é o corte de cabelo? São as calças? A forma como danço? É que eu já fui tão, mas tão lesbian-looking que até dói. Toda a gente desconfiava porque... era eu. Simplesmente, passava na rua e toda a gente o dizia. Agora já não funciona assim.  Será que evoluí no sentido de não dar nas vistas? No sentido de proteger a minha família de qualquer comentário mais desagradável? Ou foi por não ter um grupo de lésbicas assistentes à minha volta enquanto passei pela fase de afirmação estilística? É que só havia heteros à minha volta (nada contra!) e talvez me tenha influenciado inconscientemente. Lembro-me que num dos almoços das 5 fantásticas (quatro heteros e eu, lez) em que levei uma cavas branca e a minha camisa beije e azul à lenhadora; cabelo bem apertado e calças descaídas... enfim, já sabemos, elas olharam-me e eu percebi: "ok, wrong choice to be among your hetero friends. Realy bad choice." Senti-me assim um bocado para o deslocada e acho que foi desde aí que... Ridiculamente, tentei integrar-me de maneira a não ser suspeita e a passar despercebida fosse para quem fosse. Mas acho que não sou a única a sofrer do sintoma. Contudo, chateia-me que achem que as lipstick lesbians sejam menos que as outras. Até somos mais, carago!

TIMES, THEY ARE A'CHANGING #2

isto é só uma ideia concisa e precisa. As tropas já se retiraram e agora ficam fragmentos de vida danificados durante anos. e anos. lá e no outro sítio. e no final, será que valeu a pena? apanhamos o tipo e ficamos com petróleo a mais? hm, não me parece.

Desalojar de ideias #53

Porque é a coisa mais acertada a fazer, agora. Erguer a cabeça, marchar em frente e sorrir para estes dias de sol que não decepcionam.

Agarrarei a próxima oportunidade de me atirar contra elas, vestida ou não, com gente a olhar-me de lado e eu a ripostar com algo abusivo e concreto. Porque é assim que deve ser: levar a vida até aos limites do impensável porque ele não existe. O abismo, esse ser tão grande e ínfimo que afinal é tão pequeno se olhado cuidadosamente, esse sem fim de palavras e de horas em que passo a olhar para o branco do meu tecto, esse tudo ou nada que as pessoas me impingem... Não valem nada quando sei que posso ser feliz assim. Simplesmente assim, a olhar de frente o sol, queimando-me as pestanas, imprimindo documentos antecipando o ano que vem e lendo as entrelinhas da minha moleskine tão cuidadosamente como se ela fosse o manuscrito de Anaïs Nin. É disto que a minha vida é feita.

when I look up #41

"When I get lonely these days, I think: So be lonely … Learn your way around loneliness. Make a map of it. Sit with it, for once in your life. Welcome to the human experience. But never again use another person’s body or emotions as a scratching post for your own unfulfilled yearnings."

 

Elizabeth Gilbert - Eat, Pray, Love

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