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A vida de Mala Aviada

A vida de Mala Aviada

dovaziocomamor #4

É pela manhã que melhor te reconheço. Quando acordas e me dás um beijo  doce, com sabor a sonhos. É pela manhã que te conheço pois o dia ainda não teve tempo de te pisar, de te moldar à sua feição e passar-te os seus pensamentos. Às vezes, penso, poderia chatear-me com o dia porque te rouba pouco a pouco de mim. Vai denegrindo aquilo que de melhor existe em ti; pela manhã és tu mesma sem pensar 2x ou pensar em mais nada. É tudo genuíno e é tudo feito de fibra. Pelo dia, o dia come-te a fibra, ordena os teus sonhos de serem despejados e engole-te as vontades. 

 

E é por isso que ordeno que se faça noite e que se façam sonhos. De manhã estarás de volta.

dovaziocomamor #3

Eram 5 da manhã e continuavas ali de pé, de mão corrida sobre o corrimão. Continuavas mas não querias continuar; eu também não o queria mas não havia outra forma de o fazer. Tu de mão corrida sobre o corrimão, eu de cigarro posto sem conseguir respirar porque era demasiado doloroso pensar e respirar ao mesmo tempo. Um pouco como se um terminasse o outro e o outro terminasse o primeiro. E terminavam-se um ao outro antes sequer de começar porque era difícil começar, pensar em começar, respirar o começar e tudo ao mesmo tempo era demasiado para a tua mão… Corrida no corrimão e o cigarro na boca sem deixar respirar.

dovaziocomamor

Nos inícios de anos, que são tão recorrentes como as rugas no canto dos olhos, ficamos sempre de um dos lados: seja o positivo seja o negativo. Nunca é o do meio. Porque o meio nunca existe: ou o ano foi bom, ou foi mau. Quem fica no meio somos nós a pensar se é um ou o outro. E nessa longura, nesse tempo intercalar enquanto a ruga nasce ou não, relembramos os momentos, as glórias ou insucessos, os beijos, os abraços, os amantes, as amantes, as palavras taciturnas, as palavras amarguradas no seu próprio desdém e o benefício da dúvida. Relembramos sempre o benefício da dúvida porque no final de contas, enquanto a ruga nasce e não nasce, é ele que nos leva às escolhas do ano passado, é ele que nos dá a conhecer um caminho e não outro porque escolhemos sempre acreditar que há mais para além daquilo que nos é dado. 

 

E é assim no final de ano, em que mais uma ruga se presta a nascer no canto do olho - e tanto faz que seja de um lado ou do outro, ou até que seja dos dois! - que damos o devido valor ao benefício da dúvida e que lhe prometemos dar um certo descanso para o resto do ano. Mas não, isso nunca acontece. Seja pela nossa insistência em tentar ser sempre melhores ou piores, precisamos sempre dele ao longo do caminho. 

The Impossible

Aqui fica o primeiro filme dos Óscares 2013: The Impossible com Naomi Watts (nomeada para melhor actriz) e Ewan McGregor e realizado por Juan Antonío Bayona. Um filme emocionante acerca da realidade de milhares de pessoas que todos os anos (ou por tsunami ou por terramoto) perdem tudo o que têm. E por tudo devo dizer a família que se reflete como o nosso bem mais precioso.

O filme centra-se na viagem da família Benette que vai passar as féria de Natal à Tailândia. E é na manhã de Natal que o Tsunami os arrasta e incumbe mais responsabilidade aos três filhos do que o que se podia imaginar. Baseado numa história real, numa família real.

 

Só para avisar, quem é muito sensível é provável que chore mais do que uma vez durante o filme - acho que é justo dizer que mete o Titanic no saco e que porventura poderá perder o apetite.

 

Bom filme. 

 

Óscares 2013

 

Os Óscares. Todos os anos gostava de ter visto todos os filmes e poder preencher o boletim com os meus escolhidos. Este ano vou fazê-lo. Dado o tempo que posso dispensar a fazer aquilo que realmente quero vou ver, até dia 24 de Fevereiro, todos os filmes nomeados e deixar um resumo do filme.

 

Vai ser uma viagem longa mas seguramente vai valer a pena - e mais uma resolução anulada da lista!

 

Mais sobre os noemados.

 

Bom fim-de-semana e bons filmes!

Dos desafios:

 

O Blog de Spare Me a Sip passou-me o desafio... e eu passo-o a vocês. 

 

Qual o livro que indicaria para alguém começar a ler?

 

Pergunta com rasteira; de tanto que já li é difícil escolher apenas um. Mas se é para começar uma carreira na literatura penso que o mais indicado será O Princepezinho de Antoine de Saint-Exupéry. Um imaginário e uma história fantástica com muitas metáforas para a vida que nos recorda o quão bom é ser-se criança e manter essa vivacidade ao longo dos nossos anos de adultos. 

 

Portanto, agora passo o desafio a outros blogs, tal como é solicitado:

 

Debaixo do Pessegueiro

Um Quarto para Duas 

Um Amor Camuflado

 

E claro, a todos os que quiserem deixar a opinião. Boas leituras!

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