Este fim de semana fui a casa, aproveitar os morangos, os espargos, os patinhos bebés. E claro, fui votar. É um dever e um direito que nos assiste e por muito descontentes que estejamos deve ser aproveitado ali, no papel, para o demonstrar! O meu pai (aka presidente da junta) é que passou um dia pior que teve que estar sempre na junta, nem me pode levar ao autocarro. E agora de regresso ao Porto para uma semana cheia de trabalho e um fim de semana que se vai avizinhar muito cansativo (Serralves em festa + rock in rio!). Uffff!

A semana passa devagar, o fim de semana passa com velocidade de carro de alta cilindrada. E depois acorda-se pensado: vai ser um bom dia. Mas não!

Eis que saio de casa sem guarda chuva e 7 minutos depois começa a chover. Graças a Zeus está uma paragem de autocarro à frente e o autocarro está aí a chegar mas quando entras apercebeste que deixaste o andante com viagens na outra carteira que não combina com as botas que calçaste. O motorista diz para levar o tempo que for necessário a procurar mas não encontras. Então pagas 1.85€ e quando sais 5 minutos depois está a chover a potes, o que vale é que são dois minutos a pé.

Chegas e booooom: o teu lugar está ocupado e a tua cabeça decide ter uma enxaqueca do outro mundo ao mesmo tempo que o teu corpo pede cafeína para se aguentar à bronca de fila de espera em atendimento.

Segunda: estás dispensada!

Uma semana de loucuras nesta casa e sentimo-nos logo em baixo. E depois voltar a encontrar a rotina, o ponto estável que nos faz sentir bem por dentro e por fora torna-se tarefa difícil. A alimentação é muito mais que combustivel, é uma forma de se viver. Já sabia disto muito antes de o começar a praticar mas é aquele velho ditado: olha ao que eu digo e não ao que eu faço! Mas agora é mesmo: olhem para aquilo que eu como e para aquilo que faço. 

Como tornar hábitos saudáveis num hábito? Não há receita, mas posso ajudar! Encontrar a força de vontade é fácil contudo por em prática é o que torna tudo mais complicado; o começar/fazer só precisa de uma coisa e pasmem-se!: levantar o rabinho e começar. É tudo o que se precisa! Muito ou pouco, depressa ou devagar, com mais vontade ou menos vontade é só mexer os pés e por a mexer - seja para que desafio seja.

Com a comida pode ser mais complicado mas por exemplo, vejo aqui a Alex que não gosta de legumes nenhuns (nenhuns mesmo) sem ser na sopa. Bom, e então a alternativa passa pelo quê? Comer mais sopa. É isso. Encontrar o que se gosta e tentar encontrar no que se não gosta algo que nos possa fazer avançar, com calma, sem stresses. Não precisamos de ter um palato limitado: por exemplo, eu não achei piada nenhuma as bagas goji da primeira vez que provei. No entanto sou daquelas pessoas que não se deixa ficar e comi no dia seguinte, e no seguinte e por aí em diante... E agora como-as quase todos os dias com muito gosto.

O que vos estou a tentar demonstrar é que é possível; nem todos os dias vai ser possível e nem sempre se encontra tempo ou vontade. E às vezes a vida atrapalha-se e mete-se no meio. Mas nem por isso nos faz desistir. Já passou mais uma semana, e o meu coach do telemóvel deu-me os parabéns por ter feito uma semana tão boa. Yey!