Desalojar de ideias #156
Não sei se ser mãe vai ser uma coisa que me vai acontecer na vida; mãe de um ser humano, quero eu dizer, porque mãe de gatas já eu sou. Embora seja uma pessoa muito maternal e embora as crianças me adorem, não sei, simplesmente, se vai acontecer. Para além do facto de para nós, lésbicas, o assunto ser caro, quero ver muita coisa, fazer muita coisa e não sei se ter uma criança me deixará fazer o que quero fazer. Talvez adoptar. E mesmo isso. É uma realidade tão cruel. Mas enfim. O assunto é outro.
Ainda que não saiba o que nos reserva o futuro, disto tenho a certeza: sou uma tia espetacular. O nosso pequeno Alex, sobrinho direto da Alex, é uma criatura fofinha, energética e muito carismática além de esperto. Está quase a fazer três anos e adora as tias. Simplesmente, adora-nos. Sempre que vamos lá para casa é a macadada, a tenda do circo monta-se e nós viramos palhaças. A Alex perde a pica rapidamente, já comigo, a conversa é outra: do momento que entro até ao momento que saio estou onde ele está a fazer o que ele faz ou a inventar coisas para fazer. Sem me ver há pelo menos duas semanas, esta semana a minha cunhada esteve lá em cima porque o sogro fez anos. A certo ponto, chegou a hora de ter de regressar para o Porto e a única maneira de acalmar os nervos e birras do piqueno foi: vamos para o Porto ver a tia Anita? Dizem que houve sorrisos e pressa imediata para se meter no carro. :)
Gosto muito muito do pirralho e sei que se alguma vez a Alex e eu nos chateamos, vou ter muitas muitas saudades dele. É um pedaço de ser humano que faz com que a minha criança interior ainda se mantenha mais activa! :P