Dou uma meia volta e fico exactamente ali, meia volta depois ali. Se olho para trás já é passado ardente e fogoso e se olho para a frente há uma névoa gelada que se compadece - ainda não - (...)
Houve aquele tempo. Aquele tempo em que tudo era silêncio. E tudo o que vinha a mais eram um estorvo. Eu e o silêncio, nada mais. Talvez os meus pés contra a erva fresca, o pequeno silêncio (...)
Ouve-me. Só peço que me ouças, que pares e me ouças. Que desejes o que eu ouço e o que eu digo. Ouve o teclado a bater enquanto escrevo sobre ti, sobre os teus sonhos, sobre os teus (...)
É pela manhã que melhor te reconheço. Quando acordas e me dás um beijo doce, com sabor a sonhos. É pela manhã que te conheço pois o dia ainda não teve tempo de te pisar, de te moldar (...)
Nos inícios de anos, que são tão recorrentes como as rugas no canto dos olhos, ficamos sempre de um dos lados: seja o positivo seja o negativo. Nunca é o do meio. Porque o meio nunca (...)
E não, não é no bom sentido, no fabuloso sentido de ser nasty. É ser nasty quando não se precisa de ser, quando não há motivos para o ser (e então porque se é?). Vejo-me ao espelho e é (...)
Do vazio. Deste vazio. Do vazio que encontrei quando te olhei a primeira vez nos olhos. Do vazio que senti quando segurei a primeira vez o teu coração. Do vazio que se instalou quando (...)
Eram 5 da manhã e continuavas ali de pé, de mão corrida sobre o corrimão. Continuavas mas não querias continuar; eu também não o queria mas não havia outra forma de o fazer. Tu de mão (...)